Estou tão desempregado quanto Button, diz Di Grassi

Di Grassi, Barrichello e Massa

Se os pilotos da F-1 que estão empregados podem ter seus salários cortados, imagine só a situação de quem ainda luta por um cockpit no ano que vem. É o caso do paulista Lucas Di Grassi.

O piloto trabalha com a perspectiva de passar o Réveillon sem saber onde vai correr em 2009.

"Está complicado. Estou tão desempregado quanto o Jenson Button da F-1, ou o Petter Solberg do Mundial de Rali. O mercado está completamente parado por conta dessa crise", falou o piloto, em conversa com o Tazio.

Di Grassi atuou em 2008 como piloto de testes da Renault, ao mesmo tempo em que disputou a temporada da GP2. Ele prevê uma era especialmente difícil para o esporte a motor.

"O automobilismo vai passar por uma revolução muito grande. O orçamento para o ano que vem foi fechado antes da crise apertar, mas o de 2010 será decidido até o meio de 2009 e os efeitos serão ainda mais sentidos. Acho que teremos de esperar ainda alguns anos até que tudo volte a ser como antes", analisou o brasileiro.

Ele aponta, no momento, três caminhos para sua carreira. Um seria o de repetir o que fez nesse ano: ficar como piloto reserva da Renault e correr na GP2. Ele ainda dá um indício de que o compatriota Bruno Senna também pode ficar na categoria de base em 2009.

"A GP2 vai estar forte no ano que vem, já que o Bruno, o [Pastor] Maldonado e o [Romain] Grosjean devem continuar. Para subir para a F-1, ganhar a GP2 ainda permanece como a melhor opção. E cinco equipes lá dentro querem trabalhar comigo", afirmou o piloto, citando nominalmente apenas a Campos, com a qual conquistou o título de equipes da GP2 neste ano.

As outras duas opções de Di Grassi dariam um rumo diferente à sua carreira. Uma é fazer parte do programa de protótipos da Peugeot. A outra seria a de correr na Indy.

"Seria interessante a chance de ganhar as 24 Horas de Le Mans, mas também significaria dar as costas para a F-1. A Indy também é atrativa, tende a crescer muito agora que vai utilizar o etanol feito no Brasil. Mas, por enquanto, são só sondagens, não tenho nenhuma proposta concreta de nenhuma parte", avisou.

Segundo ele, só no mês de janeiro, ou mesmo depois, é que deve haver uma definição do seu futuro.

Grato Equipe Brutto Motorsports.